Kayleigh Rose Amstutz, mais conhecida como Chappell Roan, de 27 anos, concedeu uma entrevista reveladora à Vogue nesta segunda-feira (4), em que falou abertamente sobre sua trajetória musical, o momento atual da carreira e o que os fãs podem — ou não — esperar nos próximos anos. A cantora, que despontou como um dos maiores nomes do pop alternativo com seu álbum de estreia The Rise and Fall of a Midwest Princess (2023), já havia deixado o público curioso sobre um possível segundo projeto. Agora, ela confirmou: o sucessor do disco pode levar anos para sair.
“Um segundo projeto não existe ainda. Levei cinco anos para escrever o primeiro álbum, e é provável que leve pelo menos cinco para escrever o próximo”, afirmou Chappell, indo na contramão da pressão atual por lançamentos constantes. “Não sou o tipo de compositora que consegue produzir um amontoado de uma vez só”, completou.
Apesar da frustração de parte dos fãs, muitos apoiaram a decisão da artista de priorizar qualidade e autenticidade em vez da pressa. Nas redes sociais, seguidores reforçaram que preferem esperar por algo “tão bom quanto o primeiro” a receber um trabalho apressado.
Mesmo sem planos imediatos para um novo álbum, Chappell Roan tem se mantido ativa. Na última sexta-feira (31), ela lançou The Subway, seu terceiro single consecutivo e o maior sucesso da carreira até agora. A faixa veio na sequência de The Giver (março) e Good Luck, Babe!, que não apenas viralizou, mas também foi indicada a Música do Ano no Grammy. Na cerimônia, Chappell saiu vitoriosa na categoria Artista Revelação, superando nomes como Sabrina Carpenter e Shaboozey.
Durante a entrevista, a cantora revelou que The Subway quase foi lançada antes de The Giver, mas que questões pessoais a impediram. “Eu apenas não estava pronta para lançar ainda. Era muito dolorido. Eu estava muito nervosa e assustada com minha vida para poder publicar”, confessou.
Chappell também foi crítica ao ambiente de cobrança constante, inclusive vindo de seus próprios admiradores. “Não acho que componho bem sob pressão. Vejo comentários como: ‘ela está em todos os lugares, menos no maldito estúdio [compondo e escrevendo músicas]’”, disse. E completou, com franqueza: “Mesmo se eu estivesse no estúdio por 12 horas por dia, não significa que o álbum sairia mais rápido”.