Justiça condena dois homens a indenizar Henri Castelli por agressão ocorrida em Alagoas

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O ator Henri Castelli obteve uma vitória judicial nesta semana após quase quatro anos do episódio de agressão que sofreu em Barra de São Miguel, Alagoas. A Justiça de São Paulo condenou o empresário Bernardo Malta de Amorim e o corretor de imóveis Guilherme Accioly Ferreira a pagar uma indenização de R$ 55 mil por danos morais e estéticos ao artista. Apesar da condenação, os réus ainda podem recorrer da decisão.

O valor determinado pela juíza Luciane Cristina Silva Tavares ficou bem abaixo dos R$ 412 mil pedidos inicialmente pela defesa de Castelli. Na decisão, a magistrada ponderou sobre a necessidade de equilíbrio entre a reparação dos danos causados à vítima e a capacidade financeira dos acusados, reforçando o caráter pedagógico da sentença.

“Deve a indenização, por um lado, ser suficiente para desestimular práticas semelhantes e, por outro, compensar a vítima pelos prejuízos decorrentes da conduta do ofensor”, escreveu a juíza.

O episódio aconteceu no dia 30 de dezembro de 2020, em um restaurante na cidade alagoana. Henri Castelli relatou que foi atacado pelas costas, de forma covarde, por dois homens com quem nunca havia tido contato. A agressão resultou em uma fratura exposta na mandíbula do ator.

Inicialmente, o ator minimizou o caso ao procurar atendimento médico, dizendo que teria se machucado na academia. Ele alegou que a decisão de esconder o ocorrido foi tomada para não preocupar a família. Dias depois, usou as redes sociais para revelar a verdade e prestar seu depoimento completo. “Foi muito triste o que aconteceu comigo. Fui agredido covardemente, sem que eu pudesse reagir ou me defender. Fui puxado pelas costas, jogado no chão, e recebi socos e chutes no rosto. A impressão que eu tinha é de que minha boca estava pendurada naquele momento”, declarou o ator na época.

Henri também revelou que precisou de uma cirurgia delicada para reconstruir a mandíbula e que o procedimento incluiu a colocação de um fio de aço para manter a boca fechada até a cirurgia definitiva, realizada em São Paulo.

Mesmo após a recuperação, o artista afirmou à Justiça que ainda sente dores na região da mandíbula, especialmente em mudanças de clima, além de uma constante sensação de deformidade. Também desenvolveu o hábito de esconder parte do rosto com as mãos em público.

A denúncia foi formalizada na delegacia local, e o corpo de delito foi realizado logo após o ocorrido. Desde então, o processo seguiu na Justiça até a decisão desta semana.

O caso gerou grande comoção na época, com apoio público a Castelli, que optou por tornar o episódio conhecido como forma de buscar justiça e alertar sobre as consequências da violência.

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