Giulia Costa revela luta contra transtornos alimentares e relacionamento abusivo: “Achava normal tomar laxante todo dia”

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A atriz, apresentadora e cineasta Giulia Costa, de 25 anos, abriu o coração em uma entrevista ao canal Mina, onde falou pela primeira vez de forma mais profunda sobre os transtornos alimentares que enfrentou no início da juventude. Filha dos atores Flávia Alessandra e Marcos Paulo, Giulia revelou que viveu momentos difíceis, agravados por um relacionamento abusivo durante a adolescência.

“Ele [o ex-namorado] comprava tudo o que eu gostava e dizia para eu comer bastante, porque assim engordaria e ninguém mais ia querer ficar comigo”, contou Giulia, revelando a manipulação emocional que sofria. A jovem relembra que, após comer, se sentia culpada e buscava formas de “compensar” o que havia ingerido: “Achava que era normal tomar laxante diariamente”, desabafou.

Segundo Giulia, sua mãe, Flávia Alessandra, percebeu que havia algo errado, mas atribuiu os sintomas a outros problemas de saúde. “Minha mãe começou a suspeitar quando tive princípios de desmaio, mas achou que era anemia, algo relacionado à Síndrome dos Ovários Policísticos”, explicou. Foi apenas após sessões com um psiquiatra que Giulia compreendeu o que estava enfrentando: bulimia.

“Foi conversando com meu psiquiatra que entendi que tomar laxante daquele jeito não era bom. Ali, descobri que minha relação com a comida era a raiz da ansiedade e da insegurança que eu sentia”, revelou.

Giulia contou que, na época, acreditava estar praticando jejum intermitente, mas, na verdade, passava até 20 horas sem comer. Quando finalmente se alimentava, costumava recorrer a doces e comidas gordurosas como uma forma de aliviar a ansiedade. “As comidas que eu gostava eram uma recompensa, mas depois eu queria usar a fome como uma punição”, relatou.

A virada começou durante a pandemia, quando a jovem teve acesso a conteúdos sobre positividade corporal. A partir daí, iniciou um processo de ressignificação da sua relação com o corpo e com a alimentação. “Hoje já não me culpo se como um chocolate”, afirmou, com um tom de alívio.

Atualmente, Giulia comanda ao lado da mãe um podcast em que compartilha experiências pessoais e discute temas importantes com outras mulheres. A exposição da própria história é, para ela, uma forma de ajudar outras jovens que enfrentam situações parecidas. “É importante falar sobre isso. Muita gente acha que é normal, como eu achava. Mas não é”, concluiu.

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