O universo da maternidade, muitas vezes romantizado, esconde uma realidade de sobrecarga e invisibilidade para muitas mulheres. Mas o que acontece quando a arte encontra esse cenário? É essa a pergunta que o documentário “Mães que Tecem Arte” responde com sensibilidade e força, e que acaba de estrear no YouTube, disponível gratuitamente e com acessibilidade em Libras e audiodescrição.
Com direção de Suelany Ribeiro e incentivo da Lei Paulo Gustavo em Paulista (PE), este curta-metragem de 24 minutos é um mergulho na vida de mulheres que, em meio às demandas do dia a dia, encontram na expressão artística um caminho de existência e resistência. Filmado em locações reais nos bairros do Janga e Pau Amarelo, em Paulista, o filme traz à tona histórias de vida que celebram a potência criativa feminina.
O documentário apresenta personagens inspiradoras que “tecem” a narrativa com suas próprias vivências: Liane Rafaelly bailarina e mãe de uma criança atípica; Beth Amorim, artesã e defensora incansável do SUS; Eledicik Alves, educadora aposentada e artesã de itens sustentáveis; e Bernadete Zimmerle, cientista política e poeta. São mulheres que, através da dança, da poesia, do artesanato e da memória oral, nos convidam a refletir sobre os desafios invisibilizados da maternidade e da produção artística.
A obra constrói, com delicadeza e profundidade, um panorama realista sobre a sobrecarga emocional e estrutural que atravessa as mulheres-mães. No entanto, é justamente nesse contexto que a arte emerge como uma poderosa ferramenta de superação e autodescoberta.
Confira o documentário completo a seguir:
Para quem deseja se aprofundar na história, o documentário oferece uma roda de conversa com as mulheres do filme. Será no dia 5 de julho, às 16h, na Praça Cantor Augusto César (antiga Praça das Quatro Torres), na orla do Janga. Uma chance única de trocar ideias e ouvir mais de perto as vozes que dão vida ao documentário.