Samara Felippo critica tratamento dado a casos de racismo em escolas: “O racismo nunca é levado a sério”

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A atriz Samara Felippo, de 46 anos, usou as redes sociais nesta terça-feira (29) para se manifestar sobre a expulsão de estudantes de medicina da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, após o grupo entoar cantos e expressões que faziam apologia ao estupro. Em uma publicação no Instagram, Samara cobrou a adoção de punições igualmente rigorosas em casos de racismo ocorridos dentro de instituições de ensino.

“Corretíssimo! E quanto aos crimes de racismo nas escolas? Além do letramento, terá sanções como essa?”, escreveu a atriz, ao compartilhar uma notícia sobre o caso.

Embora não tenha citado diretamente, a crítica de Samara ressoa com uma situação vivida por sua filha em 2024. A adolescente foi alvo de um episódio de racismo em uma escola tradicional da capital paulista, o Colégio Vera Cruz. Segundo a atriz, alunas teriam escrito ofensas no caderno da menina, mas o caso acabou sendo tratado com leniência pelas autoridades escolares e jurídicas. As envolvidas foram punidas apenas com prestação de serviço comunitário.

“Para quem me segue aqui há um tempo, já tem ciência do ocorrido com a minha filha em abril do ano passado, um caso explícito escancarado de racismo numa escola tradicional aqui de São Paulo. Para o total de zero surpresas, nada aconteceu”, desabafou a artista, que já havia se pronunciado anteriormente sobre o assunto.

Samara também expressou sua indignação com o processo judicial. “Vocês precisam entender como é que o racismo é tratado na sua sociedade. No caso da minha filha, não pude ter acompanhamento dos meus advogados, não soube do resultado e fui totalmente forçada a aceitar uma ‘justiça restaurativa’, da qual não concordei em participar”, explicou.

Segundo a atriz, a acusação foi descaracterizada durante o processo. “A defesa alegou que a frase escrita no caderno da minha filha, que está lá, não tinha viés racial. Parece piada, mas aqui o racismo sempre é relativizado e nunca levado a sério. Mas eu não me arrependo de ter denunciado”, completou.

 

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