Deborah Secco, aos 45, fala sobre traições, relacionamentos abertos e amor-próprio: “O antídoto é me apaixonar por mim”

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Deborah Secco, de 45 anos, voltou a provocar reflexões profundas sobre amor, relacionamentos e autoconhecimento. Durante sua participação no programa Sem Censura, do Canal Brasil, nesta quinta-feira (10), a atriz falou abertamente sobre poligamia, monogamia, traições e os desafios das relações afetivas, revelando aspectos íntimos de sua trajetória emocional.

Em um bate-papo com a psicanalista Mariana Ribeiro, Deborah abordou os limites — ou a flexibilidade — das chamadas relações abertas. Segundo ela, mesmo em um relacionamento poligâmico pode haver traição, caso os acordos estabelecidos entre o casal sejam quebrados.

“Até na relação poligâmica pode existir traição”, afirmou Deborah. “Cada relacionamento aberto tem suas regras. Pode transar? Pode beijar? Isso conta [como traição], ou não conta? Com quem? Ou beija só quando estiver junto, ou só beija quando estiver separado? É muito particular. É o que todo mundo deveria fazer: seus próprios combinados, mesmo que monogâmicos”, completou.

A atriz refletiu sobre o impacto do ego nas relações amorosas e como ele pode dificultar o perdão em casos de infidelidade. “As relações monogâmicas a gente se baseia no ego. Quando alguém te trai, é o ego que dói. É você não se sentir suficiente”, disse.

Deborah revelou que foi traída por todos os homens com quem se relacionou no passado, e que perdoou as infidelidades diversas vezes, não por fraqueza, mas por compreender que o erro do outro nem sempre é sobre si mesma. “Eu pensava muito isso: eu não posso deixar meu ego falar. A vida é tão mais do que eu, que várias vezes pessoas cruzam com outras pessoas interessantes. Não é sobre mim. A gente acha que tudo é sobre a gente, nem tudo é.”

A artista também compartilhou que, após ser traída, sua resposta emocional era buscar uma nova paixão como forma de libertação. “Eu sempre traí depois que tinha sido traída. Nunca como revanche. Traía como uma tábua de salvação para sair daquele relacionamento. Estava tão apaixonada e obcecada, que tentava me apaixonar por outro para conseguir ir embora.”

Apesar de reconhecer que essa foi sua forma de lidar com a dor, hoje ela afirma que se arrepende da estratégia — e que o verdadeiro caminho está dentro de si. “Hoje me arrependo muito. Porque entendo que o antídoto para uma desilusão sou eu voltar a me apaixonar por mim.”

Deborah ainda destacou a forma como o amor romântico foi incutido em sua formação emocional — e como isso afetou sua maneira de viver os relacionamentos. “Sou tão romântica, criada nesse amor romântico… Fui ensinada a não ser feliz antes de alguém chegar e me cuidar. Quando eu era traída, pensava: ‘Como vou viver agora? Como vou respirar sem essa pessoa?’”

Agora, em um novo momento da vida e vivendo um relacionamento com o produtor musical Dudu Borges, com quem assumiu um romance no fim de março, Deborah Secco tem buscado enxergar o amor com mais liberdade, menos culpa e mais verdade.

 

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