Fiuk: A jornada de autoconhecimento e equilíbrio entre a fama e a privacidade

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Filho do renomado ator e cantor Fábio Jr. e da artista plástica Cristina Karthalian, Fiuk cresceu entre dois mundos contrastantes: o brilho dos holofotes que acompanharam a carreira de seu pai e a discrição da vida privada de sua mãe. Aos 34 anos, o cantor e ator, que teve sua vida pessoal exposta ao público, continua a viver com a complexidade de ser constantemente reconhecido. Para Fiuk, a fama é algo que, até hoje, provoca certo estranhamento em seu cotidiano.

Em entrevista à *Quem*, Fiuk revela os desafios que enfrenta devido ao status de celebridade, especialmente quando o assunto é privacidade. “Com a fama, fica difícil de sair de casa, ir numa feira, num shopping. Hoje, dou muito valor para essas coisas. Faço compra para casa, gosto de ir na feirinha, tenho que equilibrar um pouco esses pontos”, compartilha. Ele cita sua mãe, que sempre lhe lembra de que há certos lugares onde a sua identidade pública pode ser um obstáculo: “Às vezes minha mãe fala: ‘Você não pode esquecer que é você, tem lugar que você não pode ir’.”

Apesar das limitações impostas pela fama, Fiuk encontrou um jeito de lidar com a atenção do público, que muitas vezes vem de forma calorosa. “Acho um carinho genuíno e fico muito feliz, consigo sentir no abraço se uma pessoa gosta de mim. Todas as vezes que eu encontro alguém que realmente gosta de mim, de alguma maneira, essa energia volta, é muito legal”, explica, destacando a troca emocional com seus fãs.

No entanto, nem sempre a atenção é positiva. O cantor aprendeu a lidar com as críticas e o ódio que, infelizmente, fazem parte do pacote de ser uma figura pública. “Infelizmente, tem pessoas que não são bem resolvidas e que acabam odiando ou tendo raiva das coisas ‘de graça’. Procuro entender que essa raiva não tem a ver comigo. O que eu tenho para dar é amor, é tudo que eu aprendo diariamente. Tento desviar dessas coisas e continuar firme”, diz, revelando uma postura madura diante das adversidades.

Fiuk também reflete sobre os momentos de vulnerabilidade, especialmente após sua participação no Big Brother Brasil 21, onde se expôs de forma mais íntima. Para ele, essa experiência trouxe o reconhecimento de que todos têm defeitos e qualidades. “Aceitar os nossos defeitos é tão incrível quanto ver nossas qualidades. Todos somos seres humanos. Tenho minhas dores, tenho meus amores e estou numa eterna evolução”, afirma, demonstrando uma busca constante por autoconhecimento e evolução pessoal.

Com o tempo, o cantor aprendeu a lidar melhor com suas limitações e a se aceitar como é. “Aprendi depois de muito tempo tomando umas porradas que a gente precisa se conhecer e se aceitar com defeitos, com qualidades. Hoje vivo em paz, deixo um pouco isso nas mãos de Deus, tento me corrigir, corrigir minha alma dia após dia”, diz Fiuk, que agora encara o futuro com mais tranquilidade e propósito. “Quero ser eu de uma maneira que eu nunca fui. Você paga o preço por ser alguém que você não é ou você paga o preço do seu propósito, da sua caminhada. A gente paga o preço de qualquer maneira. Estou tranquilo com isso, estou em paz”, conclui.

Entre suas diversas paixões, Fiuk encontrou no drift, modalidade de corrida que exige o controle da derrapagem do carro, uma forma de expressar sua personalidade fora do universo da música e da atuação. “Sou artista, gosto de fazer arte. Criei coragem e estou produzindo um filme há muitos anos. Comecei a rodar agora o primeiro filme de carros de ação do Brasil, voltado para o universo de automobilismo. Estou muito empolgado”, revela sobre seu novo projeto cinematográfico.

Além do cinema, Fiuk se prepara para retornar à música, após mais de uma década. “Estou fazendo um álbum novo depois de mais de 10 anos, assumindo de fato o estilo que eu sempre gostei. Inclusive, está um bafafá, nem queria falar sobre isso agora, mas estou muito feliz. É uma fase nova”, compartilha, apontando para uma renovação em sua carreira artística. No entanto, sua colaboração no hit “Mãe Solteira”, de MC Davi, Eskine e G15, gerou polêmica. Fiuk foi acusado por Davi de levar mérito por uma pequena participação na melodia, o que gerou um desabafo nas redes sociais sobre a invalidação de seu trabalho.

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