Fernanda Torres é destaque na Vanity Fair e emerge como aposta brasileira para o Oscar 2025

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A atriz Fernanda Torres, de 59 anos, é o mais novo ícone global da indústria cinematográfica, de acordo com a revista ”Vanity Fair”. Após sua participação no Governors Awards, evento realizado na última semana, onde foi homenageada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas – com um post que rapidamente atingiu mais de 2,8 milhões de curtidas e 802 mil comentários – Torres se consolida como uma das grandes promessas do cinema brasileiro para a próxima cerimônia do Oscar, em 2025.

Para a ”Vanity Fair”, Fernanda Torres está se destacando como uma das novas sensações da indústria cinematográfica de Hollywood. Sua participação em ”Ainda Estou Aqui”, filme de Walter Salles, que foi indicado para representar o Brasil como Melhor Filme Internacional no Oscar de 2025, tem sido amplamente elogiada. A revista descreve a atriz como uma “descoberta adorada” na costa oeste dos Estados Unidos, destacando sua presença poderosa e silenciosa no cenário internacional.

Sua trajetória é marcada por feitos impressionantes. Ainda jovem, Fernanda conquistou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, em 1986, por seu desempenho no drama ”Eu Sei Que Vou Te Amar” (Love Me Forever or Never), quando tinha apenas 19 anos. Desde então, seu talento inegável e sua herança familiar, filha de dois gigantes do cinema brasileiro – o ator Fernando Torres e a atriz Fernanda Montenegro – a colocaram em destaque no cenário cultural.

Fernanda Torres sempre se destacou pela sua habilidade de se reinventar artisticamente. Um de seus trabalhos mais aclamados foi o monólogo em *A Casa dos Budas Ditosos*, adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro, onde sua interpretação foi aplaudida por críticos e público. Em entrevista à ”Vanity Fair”, a atriz falou sobre o processo de envelhecimento no mundo artístico e a importância de se reinventar constantemente:

“Para ser um artista moderno hoje em dia, você tem que estar vivo em muitos lugares para sobreviver. Se você continuar esperando por um convite para um filme ou o que quer que seja, você morrerá sentado. Você precisa se reinventar o tempo todo. Então, é muito bom envelhecer. É um fato muito bom de envelhecimento”, refletiu Fernanda.

Na época em que foi indicada como melhor atriz no Festival de Cannes, não pôde comparecer, pois estava gravando a novela ”Selva de Pedra”. Ela lamentou não ter recebido a estatueta diretamente das mãos de Sting, que anunciou seu nome como vencedora.

Fernanda também falou sobre a relação com sua mãe, Fernanda Montenegro, com quem compartilha a experiência de atuar em ”Ainda Estou Aqui”. A atriz demonstrou grande valorização pela possibilidade de trabalhar com sua mãe, algo que ela acredita deveria ser mais normalizado, especialmente no universo da arte e cultura brasileira.

“Hoje em dia, neste mundo mesquinho em que vivemos, somos chamados de ‘Nepobabies’. Mas estamos falando de uma tradição, a família do circo, e isso é algo bonito. É um trabalho que você pode aprender observando, imitando, vivendo em um ambiente. É como os médicos. Mas não, hoje em dia eles decidiram que somos ‘nepobabies’. O mundo está muito bobo”, disse, refletindo sobre o julgamento da mídia e da sociedade em relação ao seu histórico familiar e ao “privilégio” de crescer em um ambiente artístico.

O filme *Ainda Estou Aqui*, dirigido por Walter Salles, está sendo apontado como a grande aposta brasileira para o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025. A interpretação de Fernanda Torres neste projeto pode ser o grande destaque da temporada de premiações, com muitos críticos sugerindo que a atriz tenha a chance de conquistar sua própria indicação ao Oscar, assim como aconteceu com sua mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada à estatueta de Melhor Atriz em 1999 por ”Central do Brasil”.

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