Bárbara Borges, de 45 anos, compartilhou um desabafo profundo após assistir aos cinco episódios da série documental ”Pra Sempre Paquitas”, disponível na Globoplay. A atriz, que integrou a Nova Geração de paquitas, lamentou a pouca atenção dedicada às gerações posteriores ao primeiro grupo de assistentes de palco de Xuxa.
Em suas redes sociais, Bárbara destacou a frustração por ver a Nova Geração e a Geração 2000 concentradas em apenas um episódio do documentário. “Eu me liberto do medo. Eu fui muito fã das paquitas, eu fui uma paquita e vi meninas sendo paquitas depois de mim. Vivi a realização do meu sonho de infância de ficar ao lado da Xuxa e fazer parte desse mundo encantado da minha fada madrinha aos 16 anos”, escreveu a atriz. Ela revelou que ao terminar de assistir ao quarto episódio teve uma “crise de choro forte e sentida”, refletindo sobre a dor e as dificuldades enfrentadas pelas paquitas daquela época.
Bárbara apontou que o documentário focou intensamente nas experiências das paquitas que trabalharam com Xuxa entre 1984 e o início de 1995, trazendo à tona questões traumáticas daquele período. Segundo ela, embora todas as gerações de paquitas tenham compartilhado responsabilidades semelhantes, as experiências da Nova Geração e da Geração 2000 foram diferentes, principalmente após ajustes feitos por Marlene Mattos, empresária de Xuxa. “Não sofremos o mesmo que a geração anterior”, afirmou, ressaltando que Xuxa permaneceu distante e omissa em certos aspectos.
A atriz criticou o espaço limitado dado às duas últimas gerações, que, em sua opinião, não tiveram a oportunidade de “colocar os pingos nos is” sobre suas vivências. “Um só episódio para a Paquitas Nova Geração e Paquitas Geração 2000… não dá para aprofundar e explorar o que vivemos, o que fomos como grupo naquela época”, desabafou, mencionando que as questões difíceis também foram parte dessa fase.
Apesar das críticas, Bárbara elogiou o documentário, destacando a emoção ao rever a trajetória das paquitas e aplaudiu o trabalho da diretora Ana Paula Guimarães, que também foi paquita, e de toda a equipe. “Gostei muito do documentário, me emocionei revendo a história desse fenômeno que foi ser paquita.”
Ela também fez questão de valorizar suas companheiras de Nova Geração, citando nominalmente Andrezza Cruz, Gisele Delaia, Diane Dantas, Caren Lima, Vanessa Melo e Graziella Schmitt. “A amizade que construímos é muito valiosa para mim. Nós sabemos o que vivemos. Conquistamos nosso espaço com muita resiliência”, afirmou, agradecendo aos fãs pelo carinho recebido ao longo dos anos.
Bárbara encerrou sua reflexão mencionando o impacto de Marlene Mattos e Xuxa em sua trajetória e o processo pessoal de terapia que a ajudou a “quebrar a fantasia e idealização” que envolviam suas memórias do tempo como paquita. “Enxergo vocês com meu coração. Tenho vocês no meu coração, já perdoei vocês e sou muito grata por tudo”, concluiu a atriz.