[ALERTA: este texto aborda assuntos como anorexia, bulimia e compulsão alimentar, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você se identifique e tenha transtornos alimentares, procure apoio e ajuda profissional. O Programa de Tratamento de Transtornos Alimentares (Protal), realizado pelo SUS, oferece suporte psicológico aos interessados.]
A atriz Demi Moore, de 61 anos, estreia nesta semana nos cinemas com o filme “A Substância”, no qual interpreta uma celebridade que é demitida de um programa de TV por causa do envelhecimento. Na vida real, Moore revela ter sofrido intensamente com a pressão estética e a busca pelo “corpo ideal” ao longo de sua carreira. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, ela conta ter se submetido a “torturas”, como passar fome e praticar horas extenuantes de exercícios. “É o que fiz comigo mesma, é ao que eu dei importância sobre mim, realmente é uma violência. Como nós podemos ser violentos com nós mesmos, o quão brutais”, desabafa a atriz.
Demi Moore alcançou a fama antes da era das redes sociais, mas mesmo assim enfrentou a pressão estética e o julgamento alheio durante décadas. Segundo a atriz, a situação se agravou com a internet, afetando não apenas celebridades, mas também pessoas comuns. “Vivemos em uma época de grande julgamento. As pessoas podem julgar anonimamente umas as outras de maneiras muito cruéis. Sinto que esse julgamento é um reflexo da infelicidade de alguém, ou uma maneira de se valorizarem”, pondera Moore, refletindo sobre o impacto da cultura digital na autoestima e na saúde mental das pessoas.
Apesar de ter sofrido com críticas e expectativas em relação ao seu corpo, Demi afirma ter aprendido a ignorar esses comentários e focar no que realmente considera importante sobre si mesma. “Se dou muita importância, valor e poder, então vai ter um efeito em mim. Se não dou, não vai ter”, explica, enfatizando a necessidade de se distanciar de padrões irreais e aprender a valorizar sua própria essência.
Se você ou alguém que conhece está passando por problemas semelhantes, é fundamental procurar ajuda profissional. O Programa de Tratamento de Transtornos Alimentares (Protal), oferecido pelo SUS, é uma das iniciativas disponíveis para fornecer suporte psicológico e auxílio nesse processo de recuperação.