O mundo da música perdeu um de seus maiores expoentes com a morte do pianista Sergio Mendes, que faleceu nesta sexta-feira (6), aos 83 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A notícia foi confirmada por familiares ao jornal O Globo, embora a causa da morte não tenha sido divulgada. Desde o final de 2023, o músico enfrentava complicações de saúde decorrentes de problemas respiratórios.
Sergio Mendes vivia há seis décadas nos Estados Unidos ao lado de sua esposa, a cantora Gracinha Leporace, com quem estava casado há mais de 50 anos. Parceiros na vida e na música, Gracinha integrava a banda de Mendes desde o início dos anos 1970. A mudança para os Estados Unidos aconteceu em meio à instabilidade política no Brasil após o golpe militar de 1964, marcando o início de uma carreira internacional que levaria o artista ao topo das paradas.
Reconhecido como o principal expoente do samba-jazz, Sergio Mendes conquistou o público internacional com seu estilo único, que misturava ritmos brasileiros com influências de jazz e pop. Sua versão de “Mas Que Nada,” originalmente composta por Jorge Ben Jor, se tornou um sucesso mundial e consolidou seu nome nos Estados Unidos. Quatro décadas depois, em 2006, a canção foi redescoberta pelo público jovem com uma regravação da banda Black Eyed Peas, que trouxe novamente Mendes para o centro das atenções.
O legado do artista é impressionante: Mendes foi o brasileiro com o maior número de músicas no Top 100 das paradas dos EUA, emplacando 14 faixas ao longo de sua carreira. Entre seus sucessos mais notáveis estão “Mas Que Nada,” que alcançou o 47º lugar em 1966, e “Olympia,” que chegou à 58ª posição em 1984. Suas contribuições para a música vão além dos números, tendo influenciado gerações de artistas e levado a sonoridade brasileira a públicos de todo o mundo.
A morte de Sergio Mendes marca o fim de uma era, mas seu legado musical e seu impacto na cultura continuam a ecoar. A combinação de talento, inovação e paixão pela música transformou Mendes em um ícone eterno, deixando uma marca indelével na história da música brasileira e mundial.