Priscilla, anteriormente conhecida como Priscilla Alcântara, falou sobre sua trajetória e relação com a igreja evangélica, onde iniciou sua carreira como cantora gospel, até se afastar da religião e abraçar o pop. Ela explicou que sempre questionou os dogmas nos quais foi criada e, em determinado momento, percebeu que outras pessoas poderiam compartilhar de sua visão de mundo.
“Se eu penso que gay não vai para o inferno, deve haver mais gente que pensa igual a mim”, disse em entrevista à apresentadora Foquinha. “Eu sempre fui uma pessoa muito curiosa. Quando ouvia o pastor dizendo ‘A’, eu chegava em casa e perguntava a Deus: ‘É realmente A? Ou ele interpretou de uma maneira e há outras interpretações, como B ou C?'”, contou.
Priscilla destacou que sempre buscou a verdade através de seu relacionamento com Deus, não apenas pelo que ouvia dos outros. “Sempre fui essa pessoa, procurando entender a verdade a partir do meu relacionamento com Deus e não apenas do que alguém dizia. Essa curiosidade sempre esteve presente em mim”, afirmou.
Ela mencionou que seu afastamento da doutrina na qual foi criada foi gradual. “Quando a doutrina ou o dogma não faziam sentido para mim, de acordo com minha experiência com Deus, eu revisitava essas crenças e questionava: ‘É isso mesmo em que devo acreditar, ou há outra interpretação possível?'”, explicou.
Priscilla afirmou que esse processo de afastamento foi uma forma de libertação espiritual. “É uma libertação espiritual viver a fé baseada na sua própria experiência com Deus e não no que os outros impõem. Para chegar a esse ponto, é necessário um processo de libertação e coragem. Foi esse o processo que vivi”, disse. “Foi aí que comecei a desconstruir certos dogmas impostos e a pensar: ‘Quero ter a coragem de falar isso, porque acredito que mais pessoas pensam como eu. Se eu acredito que gay não vai para o inferno, deve haver mais gente que pensa igual a mim'”, concluiu.