Em um desfecho inesperado, o processo contra o ator Alec Baldwin, acusado de homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins no set do filme “Rust” em 2021, foi arquivado. Um juiz do estado do Novo México, onde o caso estava sendo julgado, rejeitou as acusações após os advogados de Baldwin alegarem que a polícia e os promotores esconderam provas importantes sobre o incidente. “Não há como o tribunal corrigir esse erro,” afirmou a juíza Mary Marlowe Sommer. Baldwin chorou ao ouvir que o caso estava encerrado.
O julgamento começou há três dias, examinando o que aconteceu no set. Baldwin ensaiava uma cena quando disparou uma arma que deveria estar carregada com balas de festim. Ele mirava em Halyna para que ela enquadrasse a tomada, e a bala também atingiu o diretor Joel Souza. O ator sempre negou ter apertado o gatilho, declarando-se inocente, mas investigações do FBI indicaram que ele teria feito o disparo. Na manhã desta sexta-feira (12), os advogados de Baldwin alegaram que a promotoria escondeu provas, motivo pelo qual o caso deveria ser arquivado. Segundo os representantes do ator, eles não tiveram acesso a um conjunto de balas que havia sido entregue às autoridades no início deste ano.
Alex Spiro, o principal advogado de Baldwin, afirmou que o FBI danificou o revólver que o ator segurava quando Halyna foi morta, impedindo que sua tese de que não disparou a arma fosse comprovada. Ele também apontou que a perita forense Marissa Poppell recebeu o conjunto de balas do set de um ex-policial e recebeu ordens para mantê-las fora do caso, de forma que o FBI não as examinasse.
Balas reais foram encontradas no set, o que é proibido em produções audiovisuais nos Estados Unidos. A armeira de “Rust”, Hannah Gutierrez-Reed, que carregou o revólver com a bala real e era responsável por todo armamento e munição no set, foi considerada culpada de homicídio culposo e condenada a 18 meses de prisão.