Ana Maria Braga relembra criação do Louro José

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Você sabia que Ana Maria Braga criou o Louro José como uma estratégia de comunicação com as crianças? A apresentadora recentemente relembrou a criação do famoso fantoche, que ganhou vida em 1997 com a ajuda de Tom Veiga, seu assistente de estúdio, que interpretou o personagem até seu falecimento em 2020.

Ao revisitar sua carreira televisiva, Ana Maria contou que o papagaio falante surgiu da necessidade de manter a audiência do programa infantil que antecedia o “Note e Anote”, apresentado por ela na Record TV.

“Percebi que havia uma audiência ali naquele momento, começando a atrair o público infantil. Se eu não tivesse algo que atraísse as crianças, eu estava em apuros”, comentou em entrevista ao podcast Podpah.

Ana Maria explicou que precisava de algo que mantivesse as crianças interessadas enquanto suas mães diziam “Vamos embora! Sai da frente da televisão”. Ela então decidiu criar um personagem animal que falasse. “Pensei em um papagaio, pois além do Zé Carioca, não havia outro papagaio famoso. Precisava encontrar uma maneira de ter um papagaio no programa”, detalhou.

Ela também relembrou as dificuldades iniciais com o Louro José, quando teve que convencer Tom Veiga a assumir a interpretação do fantoche. Tom ficou no papel até a transição para o “Mais Você”, na TV Globo. Após o falecimento de Tom Veiga, Ana Maria introduziu uma variação do personagem original, chamado Louro Mané.

“Desenhei um esboço de como eu imaginava que poderia ser um papagaio-fantoche e mandei fazer o boneco. Não foi fácil encontrar alguém que fizesse isso”, relatou. Com muito sucesso, Ana Maria disse que chegou a fazer seis horas de programa antes de ir para a Globo devido à quantidade de propagandas, que alcançou 23 merchans. Conforme o contrato, quanto mais comerciais, mais tempo o programa precisava ter. Durante a correria publicitária, ela acionava Tom Veiga, que ajudava a colocar os produtos no estúdio e vivia o Louro José.

“Tom disse que não queria fazer, porque tinha vergonha, e eu respondi: ‘Ninguém te vê’, ao que ele replicou: ‘Eu sei, porque sou eu’. A voz do Louro foi desenvolvida aos poucos, nós dois fomos moldando. Eu me dava muito bem com ele, era um cara extraordinário, ele criou a personalidade do Louro”, explicou Ana Maria.

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