Lore Improta, de 30 anos, abordou a divisão de tarefas com Léo Santana, de 36, no cuidado de sua filha Liz, de quase 3 anos. Em um post no Instagram na terça-feira (28), Lore refletiu sobre o impacto da presença ou ausência dos pais na vida de uma criança, baseando-se em dados de pesquisas. “Mesmo com a rotina de trabalho que eu e Léo temos e com toda a rede de apoio, que eu sei ser um privilégio, temos uma divisão clara dos papéis na criação de Liz. A ausência dos pais impacta todo o entorno da criança. O objetivo é construir um ambiente confortável na criação dos filhos. Converse, ouça, exponha os pesos, seus sentimentos e encontrem juntos uma forma de tornar a parentalidade mais confortável”, aconselhou.
Lore enfatizou a importância da participação dos homens na criação dos filhos. “Você não fez o seu filho sozinha. Então, você não tem que criar ele sozinha. Isso vai muito além do relacionamento que você tem com o pai do seu filho. É sobre o compromisso de ambos com a criação da criança que colocaram no mundo. Um pai é tão responsável afetivamente pelo filho quanto uma mãe”, destacou. Ela também falou sobre a equidade na divisão de tarefas. “Enquanto a mãe amamenta, o pai lava as roupas. Enquanto a mãe está numa reunião de trabalho, o pai brinca, lê um livro com a criança. Enquanto o pai troca a fralda, a mãe prepara a mamadeira”, sugeriu. Lore citou pesquisas para reforçar seu ponto de vista de que a ausência paterna afeta negativamente o desenvolvimento pessoal e profissional na vida adulta, indo além da presença física.
“A ausência paterna está associada a maiores níveis de insegurança emocional e problemas de autoestima e outras questões de saúde mental, segundo a American Psychological Association. Um estudo publicado no Journal of Marriage and Family descobriu que crianças com pais presentes apresentam menores níveis de agressividade e menor probabilidade de envolvimento com drogas. Por outro lado, um estudo no Journal of Family Psychology indicou que crianças com pais presentes têm maior confiança em si mesmas e são mais resilientes diante de desafios”.
“Se o pai não participa ativamente da criação do filho, ele é ausente. Dividir as tarefas, o peso e a alegria de criar um filho juntos é fundamental e deveria ser natural, não algo cobrado como ainda é na maioria das casas. Quando a criança cresce em um ambiente igualitário, ela entende e valoriza desde cedo a igualdade de gêneros, a parceria, o apoio mútuo, o envolvimento ativo, a comunicação, a flexibilidade e a capacidade de adaptação, criando um ambiente familiar equilibrado e saudável”, concluiu.