Com o filho de nove meses na UTI, Ingra Soares, esposa do cantor Zé Vaqueiro, usou suas redes sociais para compartilhar uma mensagem com outras mães que enfrentam situações semelhantes. A empresária, de 32 anos, é mãe de Arthur, que nasceu com síndrome de Patau, uma malformação congênita.
“Muitas mães que passaram por essa situação de uma gestação de um bebezinho com uma síndrome chegaram lá sem saber que não resistiram, que foi muito difícil, que não tinham respostas sobre o porquê disso ter acontecido. Mães que estavam na primeira gestação e queriam comparar um diagnóstico com o outro… Falo com humildade, mesmo, porque eu não tenho conhecimento profundo, assim como não existem pesquisas mais aprofundadas…,” começou Ingra. “Médicos que a gente tenta procurar para obter uma resposta sobre a situação dizem sempre as mesmas coisas, né? É uma gestação muito difícil. Desde quando você descobre o diagnóstico, você precisa ter muita sabedoria, mas até então, no começo, acredito que a gente não consegue ter, porque é uma informação muito impactante. Ela causa um grande impacto na nossa vida, na nossa cabeça, e você passa a tentar entender o que realmente vai acontecer. Você procura todos os métodos para tentar compreender, mas não consegue, porque é algo novo,” continuou.
Ao final do relato, a esposa de Zé Vaqueiro relembrou um episódio ao visitar Arthur na UTI, quando uma funcionária do hospital foi grosseira com ela: “Eu me recordo que, logo quando fui visitar o meu filho, não pude ficar com ele quando ele nasceu, né? Ele foi direto para a UTI. Saí de casa e fui até a UTI, onde peguei o meu filho nos braços. Foi uma situação muito difícil para mim; eu estava operada há apenas três dias, depois de uma cesárea, emocionalmente abalada,” contou. Ingra comentou que chorava com o filho nos braços, junto com Zé, tentando entender tudo o que estavam passando. Nesse momento, uma técnica do hospital agiu com falta de empatia e foi grosseira com os pais, que estavam sensíveis com a situação.
“Ela dizia: ‘Não chora, você não pode chorar, você tem que sorrir. Seu filho precisa de alegria, ele tem que sentir a sua alegria.’ Eu fiquei assustada, meu corpo tremia. Eu queria estar em outro lugar porque a dor que eu estava sentindo naquele momento já era grande. Eu não entendi por que fui tratada daquela forma. Falo como uma mãe, uma mãe normal, como qualquer outra,” finalizou.