Os integrantes do grupo mexicano RBD se pronunciaram nesta quarta-feira (22) sobre as irregularidades financeiras encontradas na “Soy Rebelde Tour”. Após a realização de uma auditoria fiscal, constatou-se um desvio de US$ 1 milhão (R$ 5,1 milhões) da turnê, que passou pelo Brasil no final de 2023. O comunicado, emitido em nome de Dulce María, Maite Perroni, Anahí, Christopher Uckermann e Christian Chavez, veio após o ex-empresário Guillermo Rosas negar seu envolvimento no escândalo. À frente da produtora T6H Entertainment, Rosas foi responsável pela organização da turnê.
“Ao contrário das afirmações feitas pela T6H Entertainment, a investigação contábil forense conduzida por Citrin Cooperman revelou irregularidades significativas. O relatório indicou que a T6H Entertainment recebeu fundos relacionados à turnê desde dezembro de 2022, dos quais cerca de US$ 1 milhão permanecem não verificados, mesmo considerando os recibos e documentos fornecidos pela T6H Entertainment,” declarou a nota do RBD.
O grupo destacou que a empresa responsável pela auditoria foi recomendada pela própria T6H Entertainment. “Além disso, a T6H atrasou o processo ao não assinar documentos necessários para a resolução dos pagamentos e da turnê,” acrescentaram.
“É fundamental esclarecer que os únicos responsáveis pelos pagamentos da turnê foram a T6H na primeira fase e, mais tarde, Citrin Cooperman, que atuou como gerente de negócios da turnê. Nenhum dos membros do grupo teve acesso à gestão do dinheiro nem efetuou pagamentos,” explicaram. O RBD afirmou ainda que, devido às discrepâncias encontradas, todos os projetos foram paralisados. “Tivemos que fazer uma pausa neste sonho compartilhado com vocês, incluindo uma possível continuação da turnê.”
Na noite de terça-feira (21), Guillermo Rosas se pronunciou através de uma nota encaminhada à revista People Espanha, em que negou todas as acusações envolvendo seu nome e o de sua empresa. “Não há fraude ou uso indevido de fundos detidos pela T6H. Viemos especificamente esclarecer que, de forma alguma e em nenhum momento, nem a T6H Entertainment, nem Guillermo Rosas, nem qualquer funcionário da empresa desviaram ou fizeram uso ilícito de qualquer tipo de dinheiro da ‘Soy Rebelde Tour’. Tampouco participou de qualquer tipo de desvio de qualquer espécie, como sugeriram alguns meios de comunicação,” informou o pronunciamento.
Na nota compartilhada com o veículo espanhol, a empresa garantiu que administrou menos de 10% da receita total da turnê durante o período de pré-produção. De acordo com eles, a empresa Souls Productions Inc, responsável pelos artistas, administrou o restante das receitas e fundos da turnê do primeiro fim de semana de apresentações. “A Souls nomeou a empresa de gestão empresarial, Citrin Cooperman, para realizar esta administração,” indicou.
A T6H Entertainment e Guillermo Rosas foram procurados pela CNN, mas não retornaram até o momento desta publicação. O espaço segue aberto para atualizações.