Na terça-feira (27), o Lollapalooza Brasil enfrentou críticas após anunciar o cancelamento de três atrações previstas para o festival de música em São Paulo. Após a repercussão, os organizadores se pronunciaram, reconhecendo a falta de uma cláusula de cancelamento nos contratos.
Em uma entrevista ao Splash, do UOL, Marcelo Beraldo, curador artístico do Lolla no país, destacou que cancelamentos são comuns em festivais ao redor do mundo, com razões que variam de doença a custos de viagem, incluindo também questões de saúde mental, muitas vezes subestimadas.
Leca Guimarães, diretora mundial do evento, explicou que as atrações não são obrigadas a assinar uma cláusula de cancelamento, tornando a busca por substitutos uma tarefa desafiadora. Ela enfatizou a dificuldade em encontrar artistas disponíveis em curto prazo, destacando o exemplo do cancelamento do show do Foo Fighters em 2022 devido à morte de Taylor Hawkins, quando nenhum artista internacional no país, incluindo Miley Cyrus, se prontificou a substituir a banda de rock.
Diante disso, surgiu a ideia de reunir talentos nacionais para homenagear o baterista no horário originalmente destinado ao Foo Fighters. Planet Hemp, Emicida e outros convidados se apresentaram, destacando a capacidade da música em unir pessoas, uma reflexão ressaltada por Leca.